quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Ingmar Bergman

"Palavras, palavras, só palavras. A gente usa as palavras para esconjurar o grande vazio." Cenas de um casamento, pág. 119

"Fazer uma criança consciente de sua alma é quase que uma coisa indecente." Cenas de um casamento, pág. 154

"_ Imagine se nós pudéssemos nos encontrar como as pessoas que nós deveríamos ter sido. E não como as pessoas que tentam desempenhar os papéis que todos os poderes possíveis e imagináveis nos atribuem
_ Eu acho que é impossível. A dissimulação começa no berço e continua a vida toda." Cenas de um casamento, pág. 167

"Eu penso assim: a solidão é absoluta. É uma ilusão uma pessoas convencer-se de outra coisa. Tome consciência disso. E tente agir em coerência com isso. Não espere nada, nada a não ser um inferno na terra. Se acontecer algo de agradável, melhor. Não acredite nunca que você poderá quebrar a solidão. [...] Uma pessoa tem que viver pelo instinto da solidão absoluta. Nessa altura, a pessoas deixa de lamentar-se, deixa de afligir-se. E aí que a pessoa, de fato, passa a sentir-se bastante segura e aprende a aceitar a falta de sentido da vida com uma certa satisfação. Com isso, não quero dizer que a pessoa se torne passiva. Acredito que se deve lutar o mais possível  e o melhor possível. Por nenhuma outra razão a não ser a de que uma pessoa se sente melhor fazendo o seu melhor do que desistindo." Cenas de um casamento, pág. 118

"Vou lhe falar-lhe de uma coisa banal. Nós somos sentimentalmente analfabetos. E esse é um fato lamentável que não diz respeito apenas a você e a mim, mas sim praticamente a todo mundo. Nós aprendemos tudo sobre o corpo humano e sobre agricultura em Pretória e sobre a raiz quadrada de pi ou o raio que o parta o nome que isso tem, mas não aprendemos uma palavra sobre a alma." Cenas de um casamento, pág. 153



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