sexta-feira, 30 de maio de 2014

Com o coração - Ariana Mendonça

Imagem: theo-gosselin.tumblr.com/ ( o xuxuzinho da fotografia)

Quanto mais o tempo passa, mais vou me certificando do quanto o amor é necessário e falho ao mesmo tempo. Esse binômio está me levando à loucura. A medida que a gente vai vivendo percebemos o quanto queremos ser amados e amar. E uma coisa que parece tão simples na teoria, na prática se revela catastrófica, na maior parte dos casos.


A gente só repousa em paz mesmo, é na amizade.  A amizade é uma coisa inestimável. É por isso que escrevo, para multiplicar amigos. Para descansar a mente entre um amor e outro. Na minha vida, foram muitos os amores avassaladores de vida breve. Ao passo que tive poucos amigos, que mantive por muito tempo. E no final, tive que admitir que estou só. Bem, todo mundo está.


O encontro é a arte de preencher lacunas.
Ariana Mendonça

sábado, 24 de maio de 2014

XHXIX ou 非: é um mistério da arte

Recentemente me deparei com as obras desse artista fazendo uma busca por imagens de já-nem-lembro-o-que no Google. Cara, fiquei eletrizada. Amei a vibe dessas pinturas digitais. Então, obviamente fui buscar mais sobre o artista e eis que fico desapontada e também intrigada. O artista não faz questão alguma de divulgar sua identidade ou seu trabalho. Saca o conteúdo da sua página de Info no tumblr: 


 "
非(hi)
Vivo no Japão
Eu faço todo o meu trabalho digitalmente.
Atualmente não vendo impressos ou arquivos de dados, desculpe
Se você quer me contatar, por favor me envie um email. idwttwy[a]gmail.com
Recentemente tenho recebido muitas mensagens, é difícil responder individualmente. 
Às pessoas que desejam escrever um artigo sobre mim, você não precisa pedir minha permissão. 
Às pessoas que desejam me perguntar quem eu sou, não tenho a intenção de divulgar o meu verdadeiro nome, sexo e idade. Eu não tenho nenhuma conta, exceto no Tumblr e pixiv.
"

Reservado não? De toda forma eu entendo, deve ser um saco ter que explicar a sua arte para os outros. Ainda mais se ela for tão pouco convencional, como essas abaixo. 





















segunda-feira, 19 de maio de 2014

Makes me feel alive


Eu sinto algo tão certo 
fazendo a coisa errada 
e eu sinto algo tão errado 
fazendo a coisa certa 
Eu não podia mentir, não podia mentir, não podia mentir
Tudo que me mata, me faz sentir vivo

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Carlos Drummond de Andrade - O Medo

O Medo

Em verdade temos medo. 
Nascemos no escuro. 
As existências são poucas; 
Carteiro, ditador, soldado. 
Nosso destino, incompleto. 

E fomos educados para o medo. 
Cheiramos flores de medo. 
Vestimos panos de medo. 
De medo, vermelhos rios 
Vadeamos. 

Somos apenas uns homens 
e a natureza traiu-nos. 
Há as árvores, as fábricas, 
Doenças galopantes, fomes. 


Refugiamo-nos no amor, 
Este célebre sentimento, 
E o amor faltou: chovia, 
Ventava, fazia frio em São Paulo. 

Fazia frio em São Paulo... 
Nevava. 
O medo, com sua capa, 
Nos dissimula e nos berça. 

Fiquei com medo de ti, 
Meu companheiro moreno. 
De nos, de vós, e de tudo. 
Estou com medo da honra. 

Assim nos criam burgueses. 
Nosso caminho: traçado. 
Por que morrer em conjunto? 
E se todos nós vivêssemos? 

Vem, harmonia do medo, 
Vem ó terror das estradas, 
Susto na noite, receio 
De águas poluídas. Muletas 

Do homem só. 
Ajudai-nos, lentos poderes do 
Láudano. 
Até a canção medrosa se parte, 
Se transe e cala-se. 

Faremos casas de medo, 
Duros tijolos de medo, 
Medrosos caules, repuxos, 
Ruas só de medo, e calma. 

E com asas de prudência 
Com resplendores covardes, 
Atingiremos o cimo 
De nossa cauta subida. 

O medo com sua física, 
Tanto produz: carcereiros, 
Edifícios, escritores, 
Este poema, 
Outras vidas. 

Tenhamos o maior pavor. 
Os mais velhos compreendem. 
O medo cristalizou-os. 
Estátuas sábias, adeus. 

Adeus: vamos para a frente, 
Recuando de olhos acesos. 
Nossos filhos tão felizes... 
Fiéis herdeiros do medo, 

Eles povoam a cidade. 
Depois da cidade, o mundo. 
Depois do mundo, as estrelas, 
Dançando o baile do medo.


quarta-feira, 7 de maio de 2014

Jack Kerouac & Into the Wild: tudo junto e misturado

"(...) Sabe, quando eu era criança, no Oregon, não achava que fosse americano de jeito nenhum, com todo aquele ideal suburbano e a repressão sexual e a censura cinzenta amedrontadora e generalizada dos jornais a respeito de todos os nossos verdadeiros valores humanos, mas quando descobri o budismo e tal, de repente senti que já tinha vivido em um tempo passado havia muitas eras e agora por causa dos erros e dos pecados naquela vida eu estava sendo degradado a um domínio mais doloroso da existência e meu carma era nascer na América, onde ninguém se divertia nem acreditava em nada, principalmente na liberdade. E também é por isso que sempre me mostrei solidário aos movimentos libertários, como o anarquismo na região Noroeste, os heróis do passado do massacre de Everett e tudo o mais..."

Japhy Rider em Vagabundos Iluminados, p. 35 - L&PM



O protagonista do filme Into the Wild, 
lembra bastante o personagem de Japhy Ryder,
 no livro Vagabundos Iluminados do Jack Kerouac,
Talvez porque os dois, estavam muito cheios de tudo e colocaram o pé na estrada?
responderia o Kerouac - polegar levantado, segurando uma garrafa de vinho, ele próprio dando o fora.

sábado, 3 de maio de 2014

Do It - Lenine: faz, faz, faz!


Tá cansada, senta
Se acredita, tenta

Se tá frio, esquenta

Se tá fora, entra
Se pediu, agüenta
Se pediu, agüenta...


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