Alguns dizem
que os opostos se atraem.
Mas na minha
vida
Esse ditado
nunca colou.
Ando
desejando alguém tão idêntico a mim,
que eu possa
deslizar as mãos pelo seu rosto como quem acaricia um espelho.
Quero me
encontrar olhando em olhos similares,
em olhos que
me refletem,
em olhos que
me possibilitam uma visão ampla de mim.
Acredito que
enfim,
estou de
fato,
de quatro,
irremediavelmente apaixonada
por mim.
Eu me odeio
Eu me amo
Sou
obsessiva
Em todos os
aspectos que me concernem.
E ainda que
solitária,
ou talvez
por isso
Convivo
benzissímo-bem
comigo
mesma.
Apesar das
brigas,
desentendimentos,
contradições
e sérias,
decepções internas.
No fim acabo
sempre voltando para mim. Sem nunca deixar outro alguém entrar.
Uma
solitária!
E eu vos
digo que,
a única
coisa pior do que alguém ser só.
É não ligar
para isso.
Afinal, quem
pode se amar desse jeito:
com tamanha
intensidade,
e desleixo?
Mas se todos
nascem sós,
e sós
voltamos ao pó,
Quem me
garante que eu não arranjei o melhor par,
quando me
escolhi para viver?
Talvez eu
seja a única que enfim não morrerá sozinha,
que será
sepultada não ao lado do seu grande amor,
e sim dentro
dele.
Aquela que
terá mais que a presença,
mas a eterna
devoção,
que nasce
apenas da certeza do comprometimento mútuo.
Sem
polarizações
Ou
separações
como Romeu e
Julieta
o Queijo e a goiabada
ou a metade abandonada da
laranja
No meu final
feliz estará escrito
que eu não
precisei morrer pra viver eternamente com o meu amado
Porque tanto
a minha vida
quanto a
minha morte
sempre
estiveram,
irrevogavelmente sincronizadas à ele.
Um só
coração.
Um só amor.
Parece que quanto mais sofremos , mais propensos a pensar, mais criativos e com o coração mais partido ficamos.
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