- Viva Elis |
A exposição multimídia
Viva Elis apresenta, em três núcleos que abordam diferentes fases da vida e da
carreira de Elis, projeções, videoclipes, documentários, especiais de
televisão, réplicas de vestidos e reproduções de artigos de jornais e revistas
da época.
Admito
que nunca acompanhei de perto as obras da Elis, mais gosto bastante das músicas
que cheguei a ouvir, e da maneira como ela se portava no palco, sempre com
espontaneidade e entrega. Acredito que em época de cantores e cantoras de tão
má qualidade, é preciso relembrar que o nosso país já produziu cantores e
cantoras absurdamente bons. O que de fato gera esperança para o futuro. Aproveitando
o ensejo aproveito para recomendar outra exposição, que está acontecendo no
Centro Cultural dos Correio, “Gil 70”, em referencia ao grande cantor baiano. A
única pena é que encerra cedo, às 19h. Bem, sobre a exposição da Elis Regina,
tenho algumas dicas para dar, que acredito farão a experiência mais agradável.
Dica
1: Tente escapar dos fins de semana, o CCBB costuma ficar bem cheio nesses
dias, ainda embora, continue bastante transitável. Como o horário de
funcionamento vai até às 21h vale a pena sair direto do trabalho/faculdade em
uma terça ou quarta e dar um pulo lá. Assim o acesso aos fones e as salas de
projeção fica mais fácil.
Dica
2: Se você não é um fã muito ardoroso da Elis, ou então se não tem muito tempo
para ver toda a exposição nos mínimos detalhes, vá direto até as salas de
projeção, pois essa é a melhor parte da exposição. Foram escolhidas algumas das
melhores performances da cantora: “Como nossos pais” e “Asa Branca (com Hermeto
Pascoal)” permeadas por frases da Elis rodopiando na tela, muita gente saiu
disfarçando as lágrimas.
Até: 30 de setembro
Quanto: Gratuito
Quando: De terça à domingo de 9h às 21h
Onde: 1º andar | Rua Primeiro de Março, 66 - Centro
- Corpos Presentes – Still Being |
A exposição com obras,
maquetes, gravuras, fotos e vídeos traça um panorama da carreira do escultor
inglês Antony Gormley. Além do material exposto no CCBB, a instalação Event
Horizon reunirá ao ar livre, no centro da cidade, figuras modeladas em tamanho
real, a partir do corpo do artista.
Se você mora na
cidade do Rio, já deve ter reparado em umas estatuas de um homem nu em bronze
espalhadas por aí. Vi uma na Avenida Rio Branco na altura da Carioca, e outra
na Praça XV, próximo à estação das barcas. Eu me perguntei, que história é
essa? Achei até que eram aqueles artista de rua que ficam parados para a gente
colocar moeda... rs Mas não, (santa ignorância!) é o projeto Still Being do Gormley (agora já me
informei). Para os leigos, a primeira impressão é que as obras são meros
compostos imagéticos feitos para despertar alguma reação no passante (como são
as intervenção do tipo) e é necessário um pouco de observação e reflexão para
retirar algum sentido. Se você for como eu, que não curte a arte pela sua
simples apreciação, fica aquela dúvida:”O
que esse cara quis dizer com isso?” Porque sabe, nenhuma arte é desprovida
de sentido, muito menos uma com esse tipo de abrangência. Decidi pegar o
encarte do projeto disponível (gratuitamente) no CCBB, para tentar entender um
pouco. Então lá vão as dicas para apreciação dentro do CCBB:
Dica 1: Separe um tempo para observar calmamente a exposição, se você passar direto
pelas obras, vai parecer que é uma mera composição visual louca.
Dica 2: As esculturas do corpo do Gormely foram modeladas em 12 posturas, e cada postura
tem 02 cópias dispostas em posições diferentes. Saber disso é o começo para
desvendar o enigma... rs
Dica 3: Tente localizar 02 estatuas que tenham a mesma postura. Tente perceber o que
causa em você observar uma mesma postura em posições diferentes.
Dica 4: A parte mais marcante da exposição está espalhada pelo térreo, mas não esqueça
de ir até o 1º andar, onde está o restante da exposição, com maquetes, gravuras
e fotos.
Dica 5: Leve uma câmera legal, porque a composição das esculturas com o lindo saguão do
CCBB rende ótimas fotos.
Até: 23 de setembro
Quanto: Gratuito
Quando: De terça à domingo de 9h às 21h
Onde: Térreo e 1º andar | Rua Primeiro de Março, 66 - Centro
- Valsa Nº6 |
A Companhia Teatro
Portátil transpõe para o palco da animação a poética de Nelson Rodrigues. Uma
boneca contracena com seus manipuladores para dar vida a Sônia, menina
assassinada aos 15 anos. Projeções de desenhos animados compõem o cenário de
memórias desta personagem que tenta remontar a própria história. Texto: Nelson
Rodrigues. Direção: Alexandre
Boccanera. Elenco: Flávia
Reis, Julia Schaeffer e Guilherme Miranda.Duração: 50 min.
Sabe
teatro de bonecos? Eu nunca tinha assistido antes, temia achar chato e
não-realístico porque achava que os manipuladores dos bonecos deviam aparecer demais. Mas eu A-DO-RE-I essa peça. São 03
manipuladores para dar vida a essa única boneca, que é uma graça. Os
manipuladores são completamente profissionais, tem jogo de palco, boa dicção e
sincronismo perfeito. Acho que a peça tende a agradar aquele tipo de alma
sensível e noir, porque a peça toda é bem suave e fúnebre, coisa de Nelson
Rodrigues, você sabe como é. Enfim, eu super recomendo, porque é diferente, é
inspirado em uma obra do grande Nelson, é barata e tem qualidade. Vamos as
dicas:
Dica 1: As senhas começam a ser vendidas 01 hora antes do espetáculo (não da pra
comprar com antecedência), portanto se você está planejando assistir em um
sábado ou domingo, chegue às 18h30 pra não correr o risco de ficar sem o
ingresso. Nos dias de semana a concorrência é menor. É possível comprar até
dois ingressos, a carteira para desconto deve ser mostrada no ato da compra.
Dica 2: Jamais pegue a 1ª e 2ª fileiras, não dá pra ver nada! As melhores cadeiras estão
na 4º e 5º fileiras bem no meio. Não fique lá no fundo, porque se vê a boneca
muito mal, porque ela não é muito grande.
Dica 3: Assistir a peça pela segunda vez super vale a pena, porque você percebe
aspectos que não tinha percebido na primeira.
Até: 21 de outubro
Quanto: R$ 6 (inteira) e R$ 3 (meia entrada)
Quando: Quarta à domingo, às 19h30
Onde: Térreo - Teatro I | Rua Primeiro de Março, 66 - Centro
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